sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Carnaval 2007, lá vamos nós denovo! Eca!



Odeio carnaval. Não o feriado. Adoro o feriado, muitos dias sem trabalho são sempre bons. Detesto é a festa. Música ruim e velha, em todos os lugares. Não importa se você está em Recife, Salvador, São Paulo ou no Rio de Janeiro, vai ser sempre a mesma coisa. Não falo de vivência, nunca fui a nenhum desses lugares durante a folia. Falo pelo que vejo na TV. E na TV todo ano é a mesma coisa.


Praticamente todas as transmissões “ao vivo” começam com a frase: “Os foliões estão fazendo a festa aqui na (nome do lugar)”. Deve ser algum padrão. Quando mostram a festa em Recife, sempre está tocando aquele frevo, “tam-ram-ram-ram-ram-ram-ram, tam-ram-ram-ram-ram-ram-ram”. Sentado no sofá da minha casa, concluo que essa é a única música que toca durante todo o carnaval em Recife. Coitados. E agora que o frevo está completando 100 anos, a coisa piorou. Todo jornal tem que contar e recontar a história do frevo. Um saco.

Pior é durante a noite. A Globo me obriga a assistir o desfile das escolas de samba no Rio e em São Paulo. Alguém conhece as escolas de samba do carnaval paulistas, tirando a Vai-Vai e a Gaviões? Não existem, são fakes. Mas a Globo transmite, como se todo o país estivesse torcendo por alguma delas. No Rio é a mesma coisa, chato. A batida é a mesma e as letras parecem todas iguais. Tão iguais que alguém tem que ficar explicando. Os famosos comentaristas. Lá pelas 4 da matina, nem eles agüentam mais.

Eu tive uma idéia para tornar os desfiles no Rio e em Sampa mais dinâmicos. Tirar as alas das baterias e formar uma bateria única. São todas iguais mesmo, fazem as mesmas coisas. “tats tica tica tica tum” Por que não ter só uma? Assim os desfiles iam demorar menos. Eu ia sofrer menos.

Só não vou falar mal de Salvador. Lá, eles não fazem músicas ruins e sem letra para as pessoas andarem atrás do trio-elétrico durante o carnaval. Eles fazem isso o ano todo. É cultura regional. Não posso ir contra isso. “Se você é chicheleiro, Deus te abençoa. Se você não é, que se f....”. Como o grande mestre Emilio Surita costuma dizer: “Carnaval em Salvador, você tem que ir pelo menos uma vez na vida. Só pra ter certeza de que nunca mais vai querer voltar”.

Pior do que esses só o de Fortaleza. Mas eu conto depois.