quarta-feira, fevereiro 21, 2007

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Carnaval 2007, lá vamos nós denovo! Eca!



Odeio carnaval. Não o feriado. Adoro o feriado, muitos dias sem trabalho são sempre bons. Detesto é a festa. Música ruim e velha, em todos os lugares. Não importa se você está em Recife, Salvador, São Paulo ou no Rio de Janeiro, vai ser sempre a mesma coisa. Não falo de vivência, nunca fui a nenhum desses lugares durante a folia. Falo pelo que vejo na TV. E na TV todo ano é a mesma coisa.


Praticamente todas as transmissões “ao vivo” começam com a frase: “Os foliões estão fazendo a festa aqui na (nome do lugar)”. Deve ser algum padrão. Quando mostram a festa em Recife, sempre está tocando aquele frevo, “tam-ram-ram-ram-ram-ram-ram, tam-ram-ram-ram-ram-ram-ram”. Sentado no sofá da minha casa, concluo que essa é a única música que toca durante todo o carnaval em Recife. Coitados. E agora que o frevo está completando 100 anos, a coisa piorou. Todo jornal tem que contar e recontar a história do frevo. Um saco.

Pior é durante a noite. A Globo me obriga a assistir o desfile das escolas de samba no Rio e em São Paulo. Alguém conhece as escolas de samba do carnaval paulistas, tirando a Vai-Vai e a Gaviões? Não existem, são fakes. Mas a Globo transmite, como se todo o país estivesse torcendo por alguma delas. No Rio é a mesma coisa, chato. A batida é a mesma e as letras parecem todas iguais. Tão iguais que alguém tem que ficar explicando. Os famosos comentaristas. Lá pelas 4 da matina, nem eles agüentam mais.

Eu tive uma idéia para tornar os desfiles no Rio e em Sampa mais dinâmicos. Tirar as alas das baterias e formar uma bateria única. São todas iguais mesmo, fazem as mesmas coisas. “tats tica tica tica tum” Por que não ter só uma? Assim os desfiles iam demorar menos. Eu ia sofrer menos.

Só não vou falar mal de Salvador. Lá, eles não fazem músicas ruins e sem letra para as pessoas andarem atrás do trio-elétrico durante o carnaval. Eles fazem isso o ano todo. É cultura regional. Não posso ir contra isso. “Se você é chicheleiro, Deus te abençoa. Se você não é, que se f....”. Como o grande mestre Emilio Surita costuma dizer: “Carnaval em Salvador, você tem que ir pelo menos uma vez na vida. Só pra ter certeza de que nunca mais vai querer voltar”.

Pior do que esses só o de Fortaleza. Mas eu conto depois.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O mundo acaba na privada.




Tenho certeza que o mundo está próximo do fim. Não falo isso baseado nos resultados apocalípticos das pesquisas sobre o aquecimento global. A minha teoria é a de que o homem não tem mais o que fazer nesse planeta. A gente já inventou tudo, mexeu em tudo e mudou tudo. Sabe aquele brinquedo que você já desmontou e perdeu a graça? Essa é a nossa relação com a Terra. Viramos o planeta pelo avesso e estamos no tédio.
Não tendo mais brinquedos novos, os homens estão matando o ócio misturando os brinquedos antigos. Um exemplo disso é o vaso sanitário fabricado pela Roto-Rooter. Trata-se de uma privada equipado com laptop, TV de tela plana, iPod, videogame, frigobar e bicicleta ergométrica.
Os primeiros itens eu até entendi. Talvez seja interessante assistir um filme, passar e receber e-mail, escutar música, jogar Mario Brother’s ou beber uma cerveja enquanto se faz um “totôzinho” básico. Mas, o que fazer com a bicicleta ergométrica? Imagino que os movimentos necessários para a bicicleta atrapalham o andamento de uma boa “agada” na sentina.
Steven Pollyea, vice-presidente de marketing da Roto-Rooter, justificou a invenção. "Uma pessoa passa em média 11.862 horas de sua vida dentro do banheiro. Isso equivale a um ano, quatro meses e cinco dias. Portanto, ele deveria ser o lugar mais maravilhoso da casa".
Para os que ficaram interessados, uma notícia ruim. Essa privada não está à venda. Ela será sorteada pelo site da empresa(www.rotorooter.com), somente para residentes nos E.U.A. Ou seja, morra de inveja e conforme-se com o seu vaso que só serve para defecar.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Fortaleza, terra do sol. Só em propaganda!



Está chovendo em Fortaleza. Aqui, quando chove é uma droga. A cidade não é preparada para receber as “precipitações pluviométricas”. Alaga tudo, entope bueiro e pessoas ficam desabrigadas. E todo ano é a mesma coisa. Mas, eu sei o porquê de ninguém tomar providencia: todos acreditam que no próximo ano não vai chover. Acreditam porque a publicidade diz que aqui não chove nunca.
As propagandas sobre o litoral cearense prometem uma terra ensolarada o ano todo, praias de areia branca, mar azul, coqueiros verdes e tal... Um determinado governador do Ceará, alguns anos atrás, prometeu reembolso financeiro aos turistas que viessem ao estado e perdessem um dia de praia por causa da chuva. Naquele ano também choveu. Nós pagamos.
Pior do que os prejuízos financeiros só os morais. Os turistas, como consumidores, reivindicam os seus direitos. Em janeiro, o meu primo veio com a namorada do Rio de Janeiro para a minha casa. No primeiro dia, eles se arrumaram para ir à praia, mas, quando estávamos tomando café começou a chover. Ele imediatamente parou de comer, fez um olhar da cobrança pra mim e disse:
- Está chovendo!?!?
- Parece que sim, eu respondi.
Ele não deu mais nenhuma palavra no café, na verdade, ficou a manhã inteira calado. E continuou me olhando estranho. O que ele queria que eu fizesse? Mandasse fechar a torneira?

Obs: A foto no topo é da praia de Lagoinha no Ceará.
Obs2: Usaram Photoshop para tirar as nuvens mais escuras.
Obs3: Se quiser pegar sol no Ceará venha em outubro. Dificilmente chove. Juro!